Às vezes bela e sedutora, outras vezes caótica e sem encanto, Phnom Penh é uma encruzilhada asiática entre o passado e o presente. A cidade é feita de extremos — da pobreza ao excesso — mas nunca deixa de cativar quem a visita.
Phnom Penh está situada na confluência dos rios Mekong, Tonlé Bassac e Tonlé Sap. Durante muito tempo, foi considerada a mais bela cidade de influência francesa na Indochina. O seu encanto, embora algo desbotado, sobreviveu em grande parte à violência da sua história recente e à pressão atual dos especuladores imobiliários.
A maioria das atrações turísticas de Phnom Penh está discretamente escondida, o que faz com que muitos viajantes passem por lá apenas por um curto período de tempo. E isso é uma pena — Phnom Penh está a redescobrir-se, e, depois de completar o circuito turístico obrigatório, revela-se um lugar fascinante para descansar e explorar com calma.
Os franceses deixaram um legado arquitectónico colonial que agora se encontra a desmoronar, embora alguns edifícios estejam a ser renovados com gosto. Os wats (templos e mosteiros budistas) voltaram a pulsar com vida e paixão — monges de túnicas cor de açafrão passeiam pelas ruas com as suas tigelas de oferendas nas mãos. Além disso, há excelentes restaurantes por toda a cidade, perfeitos para aquecer o espírito antes da animada vida noturna.
A zona ribeirinha de Phnom Penh é, sem dúvida, uma das mais esplêndidas da Ásia — ladeada por palmeiras e bandeiras ondulantes, com o imponente rio Mekong, o maior da Ásia, como pano de fundo, fluindo e dividindo-se.
Depois de muitos anos de abandono, Phnom Penh parece finalmente estar em movimento e, se conseguir aprender com os erros dos seus grandes vizinhos, poderá reconquistar o título de “Pérola da Ásia”.