Imagine uma cidade onde a elegância exótica da antiga Ásia se mistura com a nova face dinâmica do continente. Onde o medieval e o moderno coexistem. Uma cidade com a graça de Paris e o ritmo da Ásia, uma verdadeira peça de museu arquitetónico em harmonia com a evolução da sua história — ao contrário de muitas outras capitais da região, que optaram pela demolição. Hanói é onde a imaginação se torna realidade.
Uma massa de nuvens de motas percorre as ruas labirínticas do Bairro Antigo — uma caldeira comercial há quase mil anos e, ainda hoje, o melhor lugar para sentir o pulso desta cidade em renascimento.
Vendedores ambulantes com os seus chapéus cónicos oferecem as suas mercadorias, os locais tomam um café e uma bia hơi (cerveja artesanal vietnamita), observando a vida (e muitos turistas) a passar-lhes ao lado. Testemunhe o Tai Chi sincronizado ao amanhecer nas margens do Lago Hoan Kiem, enquanto senhores de barbas grisalhas puxam os fios de cabelo, absortos no seu próximo movimento no jogo de xadrez. Admire os jantares belamente decorados nos restaurantes de design e acompanhe o último passo nas pistas de dança. Hanói tem tudo: uma história antiga, um legado colonial e uma perspetiva moderna. Não há lugar melhor para desvendar o paradoxo da modernidade vietnamita.
A grande dama antiga da Ásia — Hanói — permaneceu num sono profundo após a partição do Vietname em 1954, até que os efeitos das reformas económicas chegaram, quatro décadas depois.
A cidade sobreviveu às bombas americanas e aos planos dos soviéticos, saindo relativamente intacta dos anos 90 como um exemplo vívido de cidade colonial francesa. Grandes mansões alinham-se ao longo de amplos bulevares, e os parques e lagos embelezam a cidade, criando um cenário romântico para uma banda sonora que nunca pára. Ainda se encontram ecos de Paris, como o aroma das baguetes e do café com leite que permanece em cada esquina. Conhecida por muitos nomes ao longo dos séculos, Thang Long (“Cidade do Grande Dragão”) é o mais evocativo — e não há dúvidas de que este dragão está a erguer-se novamente.